Noticias

La estatua de Franco más antigua de España fue decapitada ayer
Diario de Ferrol - 8 de Diciembre de 2003

http://www.lahaine.org/b2/articulo.php?p=1936&more=1&c=1


La Policía ignora el paradero de la cabeza, que no fue localizada en el entorno
Miembros de la asociación Nós-Unidade Popular se atribuyen la acción y anuncian otras nuevas

P.R.C. / Ferrol

Le llamaban el 'ladrón das patacas' y ayer fue derribado de su pedestal. A la estatua de Franco en San Mateo (Narón) le cabía el dudoso honor de ser la primera que se erigió en España en homenaje al dictador -aunque entonces se prefiriese la denominación de 'caudillo'- . Desde luego no tenía tanta majestad como la que hasta hace poco más de un año presidía la entrada de Ferrol y hoy se conserva en el recinto del Museo Naval -menos evidente pero igualmente disponible para quienes quieran visitarla -, sin embargo la sobrevivió en su emplazamiento original. Y tanto fue así que incluso cuando la Xunta amplió la carretera que discurre ante la estatua construyó una glorieta un tanto descentrada para conservar el monumento.

Ayer, a plena luz del día, aunque eso sí, con máscaras y capuchas, jóvenes que posteriormente se identificaron como miembros de la asociación Nós-Unidade Popular, decapitaron al general de ladrillo y cemento y lo bajaron de su pedestal. Colocaron también una pancarta en la que se pedía la retirada de los símbolos fascistas de Galicia y que duró menos de una hora en el lugar. Tampoco duró la cabeza, si es que quedó allí. La Policía, que cursó la oportuna denuncia de estos hechos en el Juzgado, ignora su paradero.

Nós-Unidade Popular quiso derribar la estatua de Franco como contribución al homenaje a las víctimas de la dictadura. Así lo aseguró la asociación a través de un comunicado, aunque la organización del congreso sobre la represión franquista se apresuró a desvincularse de esta acción. Sus autores aprovecharon la ocasión para recordar actuaciones anteriores en contra de los símbolos franquistas, como la que consistió en embadurnar de rosa la estatua situada en Ferrol cuando todavía estaba en la plaza de España -el 'ladrón das patacas' fue víctima de la misma 'jugarreta' antes de ser decapitado-. Nós-Unidade Popular considera una contradicción que el alcalde de Narón haya formado parte del comité de honor organizador del congreso sobre la represión franquista y mantenga en su municipio una estatua de Franco.

La asociación, que anuncia nuevos actos de estas características en la comarca, decidió resolver esta situación por su cuenta.


Voluntári@s de NÓS-Unidade Popular derrubam umha estátua de Franco em Narom


NÓS-Unidade Popular

Coincidindo com um acto de homenagem aos represaliados e represaliadas polo franquismo na comarca de Trasancos
Voluntári@s de NÓS-Unidade Popular derrubam umha estátua de Franco em Narom


NÓS-Unidade Popular, organizaçom unitária da esquerda independentista galega, fijo coincidir o fim do 'Congresso da Memória'decorrido no Concelho de Narom entre os dias 4 e 7 de Dezembro, com umha espectacular acçom contra a simbologia franquista que ainda inça as ruas e edifícios públicos da Galiza.
Às onze da manhá, umha hora antes do início do acto de encerramento do citado congresso, celebrado na paróquia naronesa do Val e no qual se inaugurou um monumento às vítimas do franquismo, um grupo de militantes independentistas fijo cair umha estátua dedicada ao general Franco situada na paróquia de Sam Mateu de Trasancos (Narom).
Em plena luz do dia, no centro de umha rotunda na estrada que une Ferrol com Valdovinho e Cedeira, no termo municipal naronês, encontra-se a paróquia de Sam Mateu de Trasancos, cujo cemitério está cheio de republicanos e nacionalistas galegos assassinados polos fascistas espanhóis. Nesse ponto, o franquismo impujo umha estátua dedicada ao general Franco, que até esta manhá o representava em pé rodeado de balas de canhom, e que em diversas ocasions tinha sido objecto de ataques por parte de um povo farto de aturar ali o símbolo da humilhaçom e a infámia fascista.
Depois de 25 anos desde a morte de Franco, sem que nengum governo municipal tivesse efectivado umha tam elementar demanda popular, o conhecido como 'ladrom das patacas' caiu finalmente numha acçom realizada em plena luz do dia. Quatro militantes independentistas subírom ao pedestal da estátua, pintando-a de cor-de-rosa para a seguir golpeá-la na cabeça com umha maça. A cabeça do 'ladrom das patacas' caiu ao primeiro impacto. Logo a seguir, as maças golpeárom repetidamente os pés da figura do fascista, que aginha dobrou caindo frontalmente entre os aplausos dos militantes e simpatizantes independentistas que encorajavam a acçom atrás de umha faixa com a legenda 'Simbologia fascista, fora da Galiza'.
Umha segunda faixa com a mesma legenda foi dependurada do pedestal, já com a estátua caída aos pés dos activistas.
A polícia espanhola chegou ao lugar em numerosos carros e motas, à caça d@ independentista, e ocupando o lugar durante as horas seguintes. Porém, nengum dos activistas foi localizado, e as forças repressivas tivérom que conformar-se com deter um carro particular em que dous independentistas se dirigiam a participar no acto público dedicado no Val às vítimas da repressom fascista. Os dous jovens fôrom identificados e obrigados a comparecer na esquadra policial.
Já no acto de encerramento do 'Congresso da Memória', foi inaugurado o monumento de lembrança das centenas de represaliad@s polos fascistas durante o golpe de estado, a guerra e as décadas de ditadura militar. Ao pé do cemitério, e depois de que a Igreja católica representada polo bispo ultra Gea Escolano denegasse os seus terrenos na zona para construir o citado monumento, decorreu um emotivo acto de lembrança em que os representantes institucionais ficárom à margem do sentir geral da centena longa de participantes. Com efeito, um ex-alcaide de Narom e o representante da Associaçom para a recuperaçom da Memória Histórica desmarcárom-se hipocritamente da acçom contra a simbologia fascista, chegando a afirmar que nom tinha nengumha importáncia a subsistência de semelhantes vestígios do fascismo espanhol nos espaços públicos da Galiza, e chamando à 'reconciliaçom' entre vítimas e carrascos. Porém, os aplausos das pessoas assistentes só se ouvírom quando, logo das intervençons citadas, o poeta Dario Joám Cabana afirmou o seu apoio, e o da associaçom 'Redes Escarlatas', ao necessário labor de limpeza democrática que representou nessa mesma manhá a queda do monumento ao fascista espanhol.
O Hino Nacional e umha oferta floral pujo o ramo a um acto de homenagem em que participárom também numerosos militantes independentistas galegos, ao lado doutros sectores da esquerda trasanquesa, um acto reforçado pola imediatamente anterior rotunda acçom popular que finalmente restituiu simbolicamente a dignidade ao sofrido povo de Narom e da Galiza toda. Frente à imposiçom constituicional espanhola, hoje vivemos um pequeno triunfo para a democracia galega que queremos construir.

A seguir, apresentamos o comunicado difundido pola organizaçom unitária da esquerda independentista galega, NÓS-UP, com motivo da iniciativa protagonizada polos seus militantes na manhá de hoje:

Perante a acçom que tivo lugar hoje, 7 de Dezembro de 2003, NÓS-Unidade Popular, organizaçom política unitária da esquerda independentista, quer manifestar:

1.- A escolha do dia 7 para realizar a acçom contra a simbologia franquista nom foi casual. Hoje, a escassos quilómetros do mesmo lugar onde NÓS-Unidade Popular fai esta acçom contra o fascismo, é inaugurado um monumento, na Igreja do Val, em lembrança de tod@s @s luitadores/as antifranquistas executad@s no mesmo adro desse templo. Com esta acçom queremos contribuir para a justa homenagem aos milhares de assassinad@s, represalidad@s, torturad@s, polo fascismo durante a sanguinária ditadura de Franco.

2.- Queremos recordar ao povo trabalhador da comarca que a nossa organizaçom desenvolveu nos últimos anos diversas iniciativas contra a simbologia fascista que ainda 'pervive' em Trasancos; nomeadamente contra a estátua de Franco de Ferrol, destacando a espectacular acçom na que foi integramente pintada de rosa, desenvolvida em Novembro de 2000; a posterior manifestaçom que decorreu polas ruas de Ferrol em Outubro de 2001 em apoio aos três militantes encausados (posteriormente absolvidos); assim como numerosas iniciativas e pronunciamentos municipais em contra da permanência da simbologia fascista na nossa comarca e polo pleno reconhecimento das vítimas do franquismo.

3.- Perante a homenagem promovida pola 'Associaçom Cultural Memória Histórica Democrática', às centenas de galeg@s assassinados polos militares franquistas alçados contra a legalidade republicana em Julho de 1936, a Assembleia Comarcal de Trasancos de NÓS-Unidade Popular quer manifestar a sua denúncia da flagrante contradiçom em que incorre o Governo municipal de Narom, e em especial o seu alcaide Xoán Gato, membro do Comité de Honra deste Congresso da Memória, ao permitir que o máximo responsável pola repressom facista, o general Franco, continuasse a ocupar um lugar em Narom, com umha estátua que representava um insulto à memória d@s assassinad@s e represaliad@s.

4.- NÓS-Unidade Popular, comprometida com a luita antifascista, manifesta que nom cessará na sua luita pola plena eliminaçom de toda a simbologia fascista que inça edifícios e espaços públicos da nossa comarca (Cruz dos Caídos em Ferrol, estátua de Franco dentro do Arsenal Militar, Cruz dos caídos em Fene, vidraça fascista no concelho de Ferrol, escudo franquista na Biblioteca Municipal de Ferrol, etc....).

5.- Como parte da condena à ditadura e no caminho da recuperaçom dos nossos sinais de identidade colectiva, reclamamos a recuperaçom do nome tradicional da Porta Nova, rejeitando a permanência do nome imposto polo franquismo (Plaza de España).

Direcçom Comarcal de NÓS-Unidade Popular em Trasancos
Narom 7 de Dezembro de 2003